A Justiça Federal determinou que o Bar do Surfista, localizado na praia de Intermares, na cidade de Cabedelo, grande João Pessoa, seja demolido, atendendo a um pedido do Ministério Público Federal (MPF). O MPF defende que a instalação do bar naquele local traz problemas ao meio-ambiente. Além de bar, no local funcionam também uma ONG de proteção a tartarugas, uma escola de surfe e alfabetização básica de crianças carentes, além da sede da Associação Paraibana de Surf.
Clientes e proprietários prometem manifestação contra medida da justiça Foto:Alessandro Assunção/ON/D.A Press O empreendimento é, segundo MPF, responsável pelo impedimento à regeneração da vegetação, e pelo lançamento de esgotos sem tratamento, devido às atividades que lá são realizadas frequentemente. Além disso, há problemas com excesso sonoro, despejo de lixo e poluição visual. Outro problema detectado é a interferência no habitat de espécies, no caso, a tartaruga marinha, que utiliza as areias da Praia de Intermares, conhecida como Praia dos Surfistas, para desova. O Ministério Público acredita que a saídado estabelecimento é o suficiente para minimizar os danos ambientais provocados e não considera válido o argumento de que lá funciona uma ONG de proteção às tartarugas. Para ele, a construção em local ilícito é a maior interferência na vida dos bichos.A ONG Guajirú foi criada por Waldir Moreira em 2002, um ano depois dele tomar posse do bar, como informou. Antes disso, ele já ajudava aos animais, que saem dos ovos à noite e extintivamente seguiam o caminho da luz vinda dos postes de iluminação. Muitos acabavam nunca chegando ao oceano e até a ser atropelados no asfalto. "Quando percebi o que acontecia passei a catar os filhotes e levá-los até a água", explicou. Após um ano, ele começou a receber a ajuda do casal de biólogos Rita Mascarenhas e Douglas Zepelin. Em parceria, eles desenvolveram uma forma de evitar que os animais procurassem o mar durante a noite. "Nós cercamos os ninhos e observamos se os filhotes já estão perto de sair dos ovos. Quando eles nascem nós os recolhemos, libertando-os assim que o dia começa", explicou. De acordo com ele, o procedimento já salvou mais de 100 mil seres da espécie. Waldir Moreira ficou abalado com a notícia da demolição. Ele acredita que o bar é um patrimônio do bairro e que realmente não há motivos para medidas drásticas. "Não existe Intermares sem o Bar dos Surfistas. É um bar isolado, diferente de outras áreas. Toda a população frequenta o ambiente e apoia as atividades desenvolvidas", explicou.Para amenizar a situação, o proprietário já havia realizado um acordo com a Prefeitura de Cabedelo, mesmo sem ter sido oficialmente notificado sobre a demolição. "Nós levaremos o bar para o outro lado da avenida. O projeto já está pronto, mas gostaríamos que o prédio atual passasse por uma revitalização, para que a ONG possa continuar funcionando", afirmou.
Clientes e proprietários prometem manifestação contra medida da justiça Foto:Alessandro Assunção/ON/D.A Press O empreendimento é, segundo MPF, responsável pelo impedimento à regeneração da vegetação, e pelo lançamento de esgotos sem tratamento, devido às atividades que lá são realizadas frequentemente. Além disso, há problemas com excesso sonoro, despejo de lixo e poluição visual. Outro problema detectado é a interferência no habitat de espécies, no caso, a tartaruga marinha, que utiliza as areias da Praia de Intermares, conhecida como Praia dos Surfistas, para desova. O Ministério Público acredita que a saídado estabelecimento é o suficiente para minimizar os danos ambientais provocados e não considera válido o argumento de que lá funciona uma ONG de proteção às tartarugas. Para ele, a construção em local ilícito é a maior interferência na vida dos bichos.A ONG Guajirú foi criada por Waldir Moreira em 2002, um ano depois dele tomar posse do bar, como informou. Antes disso, ele já ajudava aos animais, que saem dos ovos à noite e extintivamente seguiam o caminho da luz vinda dos postes de iluminação. Muitos acabavam nunca chegando ao oceano e até a ser atropelados no asfalto. "Quando percebi o que acontecia passei a catar os filhotes e levá-los até a água", explicou. Após um ano, ele começou a receber a ajuda do casal de biólogos Rita Mascarenhas e Douglas Zepelin. Em parceria, eles desenvolveram uma forma de evitar que os animais procurassem o mar durante a noite. "Nós cercamos os ninhos e observamos se os filhotes já estão perto de sair dos ovos. Quando eles nascem nós os recolhemos, libertando-os assim que o dia começa", explicou. De acordo com ele, o procedimento já salvou mais de 100 mil seres da espécie. Waldir Moreira ficou abalado com a notícia da demolição. Ele acredita que o bar é um patrimônio do bairro e que realmente não há motivos para medidas drásticas. "Não existe Intermares sem o Bar dos Surfistas. É um bar isolado, diferente de outras áreas. Toda a população frequenta o ambiente e apoia as atividades desenvolvidas", explicou.Para amenizar a situação, o proprietário já havia realizado um acordo com a Prefeitura de Cabedelo, mesmo sem ter sido oficialmente notificado sobre a demolição. "Nós levaremos o bar para o outro lado da avenida. O projeto já está pronto, mas gostaríamos que o prédio atual passasse por uma revitalização, para que a ONG possa continuar funcionando", afirmou.
gente vamos fazer alguma coisa, o bar é o nosso patrimonio também! Vamos todos ajudar!
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